Ela
descascou as bananas. Todas elas! Estavam no cesto fazia um certo tempo, agora
já com as cascas pretas, algumas até com a consistência de geléia. Mas ela
ficaria muito triste em ter que jogá-las fora só pela feiura e manuseio
desagradável .Não conseguiria.
Depois de
descascadas, picou todas em rodelas finas, encheu uma bacia. Estava decidido:
faria um bolo.
É bem
verdade que já se passaram muitos anos desde a 1ª vez que pensou em ser dona de
seu próprio negócio. Sim, ela já quis ser dona de buffet – “bifê” como a
ensinaram ler a palavra - empreendimento que daria acesso a todos os bolos que
quisesse comer.
Mas ela não
virou dona de buffet, não virou dona de nenhum negócio. Trabalhava para o
negócio dos outros, para empresas dos outros. Os bolos que já quis fazer e
comer aos 8 anos de idade dificilmente passariam pelo seu cardápio hoje, pelo
menos não desprovidos de culpa.
A moça
trabalhava com números, trabalhava com lógica. Pelo menos era no que
acreditava. A verdade era que ela trabalhava muito, muito mesmo, em qualquer
coisa que decidisse fazer, mesmo que não carregasse o nome de “cargo” e mesmo a “coisa” não sendo responsável em adicionar
nenhum valor à sua renda mensal.
Ela
acreditava que pessoas eram para convívio, eram para ser pessoas, eram para ser
escolhidas e não ferramentadas, manipuladas, usadas, adestradas. Daí a escolha
pelos números, pela engenharia, pelos sistemas. Ledo engano: pessoas circudavam
as esferas de todos estes números, maquinários e lógica.
Ela viu
pessoas adoecendo outras pessoas e também viu pessoas sendo fonte inesgotável
de inspiração e modelo de vida. Ela viu pessoas doando o que não tinham e
pessoas tirando o que não precisavam. Ela viu pessoas tentando diminuir outras
para parecerem maiores e pessoas de extrema humildade enaltecerem as qualidades
,até então desconhecidas dos virtuosos, só para que vissem o quão alto haviam sido
capazes de escalar na vida, lhes conferindo o sopro de confiança tão necessário
para prosseguir.
E a todo
momento ela queria ser melhor, não do que os demais, mas a melhor de si mesma. Ela
queria ser uma essência melhor, livre, porém util. Ela ficou cansada, muito
cansada. Ela estava cansada. Ela está. Mas precisava se recompor. Respirou fundo e soltou o ar devagar.
A bacia de
bananas picadas ficou na geladeira por 2 dias e meio até que a decisão virou
ação. Levou ao menos 1 hora para assar. Ela tirou da forma e foi direto para a
geladeira. Tirou uma foto para registrar como sempre gostou de fazer.
Usou os
igredientes que quis. Não seguiu nenhuma receita.
A vida por
acaso tem alguma?
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Carioca na garoa que virou Aussie. A Carioca, não a garoa. :))
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ReplyDeleteFaça da banana de ontem a bananada de hoje ! A vida não é assim? As oportunidades estão lá, é só a gente tentar usar a imaginação !
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